Limitações da atividade proposta

Eis algumas limitações na estratégia pedagógica seguida no caso em análise:

  • não foi fomentada a colaboração durante a pesquisa ou a produção escrita;
  • não foi permitido aos alunos escolher o suporte do seu texto jornalístico;
  • os alunos não participaram na criação da rubrica de avaliação;
  • não há referência escrita explícita à consulta da rubrica para monitorização / regulação da produção textual;
  • a tarefa termina na produção e entrega do texto jornalístico no momento da avaliação.

Podemos ainda apontar como limitações desta estratégia de avaliação em contexto digital:

  • o caráter individual do trabalho escrito – é construtivo, mas não é colaborativo;
  • um certo “isolamento” do aluno, a braços com as suas capacidades e competências linguísticas, de pesquisa e digitais (embora tenha havido interações com a professora para tirar dúvidas via Google Meet (sincronamente) e Google Classroom (assincronamente);
  • a imposição dos meios e suportes para a produção escrita;
  • ausência de coautoria dos critérios de avaliação (rubrica) ou, pelo menos, de participação na validação e adequação desses critérios;
  • não existência de avaliação por pares (de dois ou três colegas, por exemplo).

Repensando a estratégia pedagógica seguida

Se os alunos a tivessem co-criado em trabalho colaborativo e depois fossem convidados a avaliar o texto de um ou dois colegas, por exemplo, ter-se-ia incrementado o potencial desta avaliação online. Estaria mais próxima da avaliação digital alternativa.

No que toca à diversidade de instrumentos, os alunos poderiam ter selecionado também o local/ferramenta onde produzir o seu texto jornalístico, mediante determinadas condições, nomeadamente ser um instrumento colaborativo, por exemplo Padlet ou mesmo Google Doc, mas em modalidade de escrita colaborativa.

A ausência de trabalho de pares ou de avaliação de pares são fragilidades que também observámos nos outros dois casos estudados.

Contudo, estas fragilidades facilmente poderiam transformar-se em potencialidades. Bastaria (re)pensar a avaliação digital de forma construtiva e colaborativa.

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